Grandes corporações brasileiras remuneram muito bem seus conselheiros


Nos últimos tempos venho escrevendo sobre mentoria empresarial por achar que as empresas brasileiras ainda tem muito que evoluir nesta questão.

Quando escrevo sobre este assunto, deixo claro que a realidade das grandes corporações é totalmente diferente, pois a maioria delas conta com Conselhos de Administração.

Os conselhos de administração são um requisito legal para toda Sociedade Anônima e cumprem o papel de representar os interesses dos principais acionistas.

O papel principal do conselho de administração é garantir que o CEO e os principais executivos estejam defendendo os interesses dos acionistas. Um CEO experiente colocará para aprovação deste conselho, todas as principais questões estratégicas para a companhia,

Esta é a situação das grandes empresas, mas neste artigo abordarei a realidade das empresas brasileiras de porte médio-grande, que na maioria são sociedades limitadas e não tem a mesma obrigação e muito menos esta cultura.

No último dia 10 de Fevereiro, o Jornal Valor publicou uma reportagem que trata da questão da remuneração dos participantes dos conselhos de administração das grandes empresas brasileiras. Estes conselhos são formados por um presidente (chamado de presidente do board) e por alguns conselheiros independentes. No final deste artigo estou colocando o link para esta reportagem, mas ela informa que, em média, os conselheiros independentes recebem honorários anuais de R$240 mil, para na maioria dos casos participar de 12 reuniões anuais.

Não conheço muitas empresas de porte médio-grande que estariam dispostas a pagar valores semelhantes para alguém que não coloque a mão na massa e que apareça uma vez ao mês para dar sua opinião. Esta é uma questão de capacidade econômica talvez, mas mais que tudo uma questão de cultura.

O que se escuta no mercado é que muitas empresas menores que por alguma razão se tornam sociedades anônimas, com poucos acionistas, formam um conselho de administração só no papel, somente para cumprir com este requisito legal.

No mundo das empresas de médio-grande porte, normalmente o presidente acaba sendo obrigado a decidir de uma forma solitária e até acredito que muitos deles, em algum momento, gostariam de contar com conselheiros isentos e não envolvidos diretamente com o operacional.  Aqueles que estão acostumados a não dividir suas decisões e não cogitam transformar suas empresas em sociedades anônimas, provavelmente consideraram este artigo uma grande besteira.

Para aqueles que pensam diferente, ou projetam trazer algum aporte financeiro para o negócio através de sócios capitalistas, deveriam deste agora, ir trabalhando para criar esta cultura em seus negócios, pois no momento que esta mudança acontecer, estarão muito mais preparados para a mudança. A questão é, como fazer.

Eu sugiro que contratem os serviços de mentoria empresarial, pois embora o conceito de mentoria esteja associado a um mentor experiente que agrega valor para jovens empreendedores, é uma forma de dar o primeiro passo para estabelecer esta cultura.

Contratar um mentor empresarial ou alguns mentores com experiências que se complementem, pode ser uma decisão muito inteligente e economicamente viável.

Com relação à remuneração, tanto no caso dos conselhos de administração, como no caso das mentorias empresarias, na minha opinião, esta questão deveria evoluir rapidamente para um valor determinado fixo para cada reunião e um valor variável que pode ser uma participação nos resultados, no caso das limitadas, ou participação acionária, no casos das sociedade anônimas.

A opção acima me parece a melhor, pois naturalmente fará com que estes colaboradores externos atuem com uma postura de longo prazo, buscando soluções mais perenes para a sociedade.

O que você acha? Empresas de médio-grande porte deveriam criar alternativas para que as decisões estratégicas sejam divididas com conselheiros externos?

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 Se você deseja ler o artigo completo, clique aqui.

Um abraço e vamos em frente (!!)

 

Crédito da foto: Marcelo Toledo

consultoria gratuita

 

Carlos Altafini
caltafini@gmail.com

Quando criança sempre gostei de escutar os mais velhos e aprender com eles. O tempo passou e hoje sou um veterano que tem prazer em compartilhar experiências e algum conhecimento acumulado durante a jornada. Nada mais natural portanto que após passar por um profundo processo de transformação digital, tenha me tornado um mentor em estratégias digitais. Este sou eu !!

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