Trade Marketing: Promotores nativos digitais e processos analógicos?

A expressão nativos digitais cada dia se torna mais comum e já inspirou um artigo anterior, onde tive a oportunidade de comentar sobre um estudo publicado na época que considerava que fazem parte deste grupo, os jovens com idade entre 15 e 24 anos e que estejam relacionados com a internet há pelo menos cinco anos.

Os especialistas realizam estudos para tentar identificar e até prever o que vem pela frente, mas é fato que não existe consenso em relação a estes critérios ou aos impactos que as tecnologias da informação e comunicação terão sobre estes jovens.

Quem como eu tem filhos nesta faixa etária, sabe que tablets e smartphones passaram a ser artigos de primeira necessidade e o papel cada dia perde mais espaço.

A partir da minha recente aproximação com o trade marketing, passei a observar de perto tudo que acontece na área, quando me dei conta que entre os promotores que atuam no PDV, a representatividade dos nativos digitais já é bastante grande.  Esta realidade exigirá uma rápida adaptação daquelas empresas que ainda atuam de forma analógica e este é o enfoque deste artigo.

Quando se escreve em um blog, você sempre está pensando e até direcionando seus artigos para um determinado público-alvo. No caso deste blog, a grande maioria dos artigos escritos por mim está voltada para aqueles executivos analógicos ou empresas que de ainda atuam de forma analógica. Talvez muitos se surpreendam, mas elas ainda são uma grande maioria.

Provavelmente algumas pessoas e empresas, não queiram identificar-se com este perfil e até argumentem que em alguns aspectos já fazem parte do Mundo Digital. Em qualquer que seja a área, creio ser bastante fácil identificar qual o limite entre aqueles que ainda são analógicos ou já passaram para o outro lado.

Na esfera do trade marketing por exemplo, me parece que um dos principais critérios de avaliação, está justamente no processo. Uma expressão bastante conhecida afirmava que basta dizer com quem você anda, para identificar quem você realmente é. No caso do trade marketing, defendo que basta que você fale um pouco do seu processo ou modus-operandi para ser possível definir se neste aspecto, você faz parte de um grupo ou outro.

Como você se relaciona com o PDV?

O teu promotor ainda é obrigado a preencher formulários impressos ou leva consigo manuais que na prática poucas vezes são consultados? E os relatórios, continuam sendo enviados por e-mail?

Sem querer me aprofundar muito mais, me conte um pouco como você lida com os registros efetuados no campo (fotos, por exemplo) ou como os dados são tabulados e facilmente poderei te ajudar a definir em que grupo você está posicionado.

Entretanto, alguém poderá perguntar: Qual a importância em definir se o meu trade marketing é analógico ou digital?

Creio que existem várias maneiras de responder a esta questão, sendo que a mais genérica é afirmar que este processo de transição do analógico para o digital é irreversível e aqueles que pretendem seguir em atividade, tem pouco tempo para se adaptar, pois do contrário serão superados rapidamente e a partir de um determinado momento, seus negócios tendem a se inviabilizar.

Sendo mais específico na resposta, creio que basta confirmar que no âmbito do trade marketing, boa parte da área operacional que está composta de coordenadores e promotores é bastante jovem e muitos deles são nativos digitais e este grupo quer distância de processos analógicos.

Um nativo digital só estará produzindo tudo que pode quando estiver confortável em relação ao processo e se até eu, não tenho qualquer prazer em preencher formulários impressos e fazer relatórios por e-mail, como exigir que estes jovens digitais se adaptem a esta situação?

Aqueles que estão sujeitos a estas rotinas, certamente o fazem por falta de melhor opção e o mais provável é que brevemente deixem de jogar no teu time e passem a atuar no do teu adversário.

A solução para esta questão é o uso da tecnologia associada ao processo. Atualmente existem plataformas que permitem que através de um Smartphone ou tablet, todas as coletas de informações no campo sejam facilitadas, possibilitando o monitoramento em tempo real de todo processo de trade marketing.

Quando se trata de negociações com empresas, as operadoras brasileiras já oferecem boas opções de pacotes de dados e equipamentos. Portanto, não perca mais tempo e faça uma avaliação criteriosa de todas as ferramentas disponíveis no mercado.  Escolha uma delas e traga o seu trade marketing para o mundo digital o quanto antes, pois aquele que não monitora o seu negócio em tempo real, estará sempre um passo atrás do seu concorrente.

Se tiver interesse em ler o artigo anterior, clique aqui.

Um abraço e vamos em frente (!!)

.Crédito da foto: Venda Mais